M.I.C.C.

Bem-vindo ao M.I.C.C. online, o serviço interactivo (grátis!) criado para resolver todos os seus problemas. ATENÇÃO: a utilização deste serviço digital deve ser complementada com a participação ao vivo num curso de formação intensiva dado pelos autores. Até ao fim de Setembro, estaremos todas as quintas, pelas 22.30, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. Reserve já o seu bilhete. E os dos seus amigos. Como? através do nº 918971789 ou do mail fabricadepecas@gmail.com

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

ABORTO

Têm chovido mensagens a perguntarem-nos qual é a nossa posição em relação à delicada temática do aborto. Por isso, e só em abono do esclarecimento dos nossos leitores, vamos tornar pública uma opinião que é do nosso foro íntimo. Fazemos tudo pelos nossos leitores. Eis a nossa posição:

Se pensarmos em...
George W. Bush, Pinochet, Hitler, Stalin ou no Noddy... ABORTO SIM.

Se pensarmos em...
Ruca, Bob o Construtor, o Verdocas, Egas e Becas, ou em Marques Mendes... ABORTO NÃO.

Quanto ao referendo propriamente dito, trata-se de uma decisão da esfera pessoal, do foro íntimo e da consciência individual de cada eleitor. Não faria sentido querermos condicionar os leitores com o nosso conselho, por isso apelamos a que votem SIM.

domingo, outubro 01, 2006

Apoteose

Este fim de semana foi a apoteose. Sábado e Domingo as duas turmas aplaudiram de pé e mostraram o quão importantes nós fomos para as suas até há tão pouco tempo miseráveis, desprovidas de sentido e insignificantes vidas. Para todos um grande MICC, MICC, Hurra!

Agora, vamos retomar a nossa digressão mundial, mas queremos que saibam que ficámos com um carinho especial pelo vosso país, Espanha.

Estamos a pensar o futuro. O nosso e, sobretudo, o vosso. Se quiserem saber como vai ser o vosso futuro, aguardem pelas novidades que colocaremos aqui no prazo a.q.n.a.

Uma última palavra: O MICC acabou, mas não precisa de ser o fim do mundo. Não precisa... Não precisa...

A chave do sucesso está na Jorge Palma da vossa mão.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Isto não é uma brincadeira de mau gosto!

É uma informação tão credível como qualquer chain letter que você receba no seu computador!
O Manual de Instruções Para o Cidadão Comum está a acabar.
Hoje (sexta) e amanhã (sábado) são as últimas acções de formação.
Por isso, apresse-se a fazer a sua reserva. O número de lugares na sala é limitado e não podemos assegurar cadeiras para todos.

Ligue já 91 897 17 89
(se habla inglés, on parle castellano, speak français)

domingo, setembro 17, 2006

A Menina que não sabia o que era o Medo

Os Formadores do MICC recomendam o mais recente espectáculo da Fábrica de Peças "A Menina que não sabia o que era o Medo" a todos os meninos de 2 a 5 anos que estejam a ler este blog. Talvez não sejam muitos, mas não custa tentar.
Se, pelo contrário, o leitor é pai, primo, irmão, tio ou avô de crianças dentro desta faixa etária, ou mesmo tio - gay - porreiraço de crianças nesta faixa etária, então o mínimo que tem a fazer é levar o seu filho, primo, irmão, sobrinho ou neto a ver este espectáculo. O mesmo se aplica à sua filha, prima, irmã, sobrinha, ou neta. E ainda ao sobrinho ou sobrinha do tio - gay - porreiraço.
Os Formadores do MICC não recomendam "A Menina.." de ânimo leve. Fizeram uma avaliação rigorosa deste espectáculo, antes de o recomendarem. Aqui seguem os resultados da avaliação:



A Menina que não sabia o que era o Medo...
...é o melhor espectáculo em cena no nosso país para a faixa dos 2 aos 5 anos;
(o facto de ser o único espectáculo para meninos dos 2 aos 5 em cena neste momento não contribuiu para esta conclusão)
...conta com a interpretação extraordinária da talentosa actriz Susana Arrais (nota 10 em 10);
(o facto de Susana ser produtora da Fábrica de Peças, mulher do Formador Miguel e grande amiga do Formador Carlos em nada contribuiu para esta apreciação)
...tem o melhor cartaz do ano;
(o facto de ter sido feito pelo Formador Carlos é alheio a esta apreciação)
...é pedagógica e ludicamente adequado ao público alvo;
(mesmo)
...tem um texto muito inteligente, apelativo e original;
(o facto de ter sido escrito pelo Formador Miguel não condicionou minimamente esta avaliação)

Resumindo, se não quer que o seu filho, sobrinho, neto ou primo (ou que a sua filha, sobrinha, neta ou prima) se torne um adulto estúpido, embrutecido, inculto, sociopata, infeliz e assassino em massa, reserve já o seu bilhete, para o número 91 897 17 89. Os espectáculos são ao sábado e domingo, pelas 11.00, na Sociedade Guilherme Cossoul. Cada menino paga 12 € e os pais, avós, tios, etc.. (mesmo que venham os dois) entram à borla. É muito melhor que qualquer outro investimento na formação da criança e fica mais barato do que o ballet ou a escola de línguas.

Se, o caro leitor já for um adulto estúpido, embrutecido, inculto, sociopata, infeliz e assassino em massa, fique sabendo que também não foi esquecido: a solução passa por ver o Manual de Instruções para o Cidadão Comum, que foi pensado especificamente para si. O número de contacto e o local são os mesmos. Há espectáculos na próxima 5ª feira, bem como, para a semana, à 5ª, sexta e sábado. Estes serão os últimos quatro espectáculos/acções de formação do MICC. Se os perder, depois não se queixe da sua própria infelicidade.

quarta-feira, setembro 13, 2006

MICC volta a atacar!

A revolucionária digressão mundial do Manual de Instruções para o Cidadão Comum volta a passar por Portugal. Desta vez, os Formadores vão estar em Lisboa, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, todas as quintas feiras de Setembro, pelas 22.30. Se não quer morrer burro, reserve já a sua entrada para o número 91 897 17 89 e seja atendido por uma simpática e sensual voz feminina!
"Eu sei e tu também sabes que o Manual tem a Solução!
A chave do Sucesso está na palma da tua mão!"

Estás à espera do quê?

PS: Devido a problemas técnicos, designadamente, falta de tempo, os Formadores não têm podido responder a todas as perguntas de forma tão célere quanto seria desejável. Não se preocupem, porém, porque comprometemo-nos a responder a todas as perguntas colocadas no MICC no prazo A.Q.O.N.A. (Assim Que Os Formadores Não Adiem)

quinta-feira, agosto 10, 2006

Tudo sobre a cerveja

Ao saber que os autores do Manual de Instruções para o Cidadão Comum estavam de passagem por Portugal, a UNICER pediu-lhes (na realidade, pagou-lhes) para criarem um dicionário sobre a cerveja. O dicionário da cerveja. Para o bem dos apreciadores em particular, e da Humanidade em geral, os formadores aceitaram o desafio.

Dicionário da Cerveja:

A

Abadia: Mosteiro; Cerveja catita e boa para impressionar as miúdas;

Abertura: Processo através do qual uma coisa deixa de estar fechada (p.e. garrafas; latas; pernas)

Álcool: Substância utilizada para desinfectar feridas e esquecer mágoas; Palavra cómica porque consegue ter dois “o” seguidos;

Alegria: vide Animação a sério;

Amendoim: Fiel amigo;

Amigo: Aquele a quem não nos importamos de oferecer uma cerveja; Vide Amendoim.

Animação: Sentimento provocado pelo convívio com os amigos;

Animação a sério: Animação temperada com Super Bock (vide Animação);

Aventura: Tentar atravessar o recinto de um festival de verão com três copos de Super Bock nas mãos;

B

Bar: Templo; Ponto de encontro; Convívio;

Beber: Forma correcta de ingerir líquidos, normalmente pela boca (evitar narinas e outros orifícios)

Bebida: Cerveja que já foi.

Bezana: Forma de dizer carraspana sem arranhar a garganta.

Bock: Super.

Brassagem: Fase inicial (e complicada) do processo de fabrico da cerveja em que há muitas coisas envolvidas, designadamente máquinas que apitam, coisas que se mexem e borbulham e funcionários zelosos. Algures no processo há também algo importante chamado “mosto”.

Bunda: Não tem nada a ver com cerveja, mas é quase tão importante.

C

Cálice: Expressão utilizada para mandar calar alguém; copo perneta;

Calor: Efeito sentido na abstinência de Green;

Caneca: Cálice com ambição.

Cápsula: Vide Carica;

Caracóis: Boa desculpa para beber mais uma Green;

Carica: Vide Cápsula;

Carraspana: Estado alterado de consciência normalmente provocado pelo consumo em excesso de amendoins.

Cerveja: Néctar precioso em cujo processo de fabrico entra uma coisa chamada mosto, que é uma palavra gira; Fruto da árvore da cerveja, a Cervejeira.

Cevada: Levar porrada: “Aquela mulher foi cevada!”;

Ciderar: Seduzir; Acto de bem impressionar ou de ficar bem impressionado, associado ao consumo de Decider.

Cinematron: Bíblia do cinema; Nome provável de um vilão de filme de série B.

Cool: Super Bock para gente com pressa; Super Bock para quem desconhece como funciona um abre-cápsulas ou simplesmente valoriza o lado prático da vida; Comentário feminino à anatomia de um homem: “Aquele tipo tem cá um cool!”;

Copo: Veículo de transporte manual de cerveja até à boca (evitar outros orifícios);

D

Decider: Bebida obtida através do cruzamento de duas espécies de árvores: a macieira e a cervejeira.

Desejo: Sensação de carência de Super Bock; Vide Bunda.

Drama: Na falta de Super Bock, alguém que nos tenta impingir outra marca.

Dúvida: Abadia, Green, Stout, ou Cool?

E

Enchimento: Etapa do complexo processo de fabrico de cerveja que, algures, envolve a brassagem e uma coisa chamada mosto. Necessidade que sente o portador de um copo vazio.

Especial: Carácter do consumidor de Super Bock.

Estabilização: Mais uma etapa do processo de fabrico de cerveja (vide Pasteurização); Objectivo de um indivíduo com uma carraspana.

F

Fácil: Cápsula da Cool; Homem ou mulher mais disponível que a média;

Fermentação: Ainda mais uma etapa, etc.. (o mosto tem qualquer coisa a ver com isto).

Festivais: Grandes concentrações de jovens, unidos pelo gosto de beber cerveja. A música tem qualquer coisa a ver com isto. E, às tantas, o mosto também...

Filtração: Oposto de infiltração; Vide Xixi.

Fino: Oposto de grosso; Imperial nortenha;

Fresca: Condição fundamental na cerveja; Vide Temperatura.

G

Garrafa: Receptáculo; O mesmo que copo, mas com cápsula; Forma de transportar a bebida até à boca (evitar outros orifícios).

Green: Néctar suave e delicioso, cuja côr, por estranho que pareça, é amarela; Super Bock colhida da cervejeira antes do seu completo amadurecimento; Som dos telefones antigos.

Gostosa: Alcunha brasileira para Super Bock;

Geladinha: Forma carinhosa de dizer temperatura obrigatória.

H

Hoje: Dia ideal da semana para beber uma Green.

I

Ignorante: Pessoa que desconhece o significado da palavra Hoje.

Imperial: Fino no sul;

Imprescindível: Saber quando parar.

J

Jarro: Vaso que sabe que há coisas melhores do que as plantas.

Jola: Alcunha carinhosa para cerveja.

L

Lata: Receptáculo de cerveja criado a pensar no carro dos noivos; Atitude de quem não sabe o que é Imprescindível.

Loira: A clássica; Há quem diga que os homens as preferem, mas a Stout, a Abadia e a Green vieram complicar a escolha.

M

Malte: Tratamento carinhoso dos amigos: “Venham daí, malte!”; Anagrama para “Telma”; Ingrediente utilizado no fabrico de cerveja (não é nenhum mosto de sete cabeças).

Medalhas: Objectos que a Super Bock traz quando bebida por membros de júris internacionais.

Metro: Medida utilizada para beber cerveja na vertical.

Morena: Vide Stout;

Mosto: Pois é. O Mosto. O tal do processo e essas coisas. Pois é.

Mini: Super Bock que foi a lavar a quente; Namorada do Mickey.

Música: Som de uma cápsula a abrir;

N

Natural: Acto de pedir Super Bock;

Nudismo: Andar de Cool à mostra.

O

Orgulho: Oferecer uma cerveja ao nosso pai.

P

Pasteurização: Função do guardador de cervejas, o Pasteur; Parte do processo de fabrico em que se impede que micro-organismos pratiquem natação na nossa cerveja.

Patrão: Aquele que, no fim do dia, nos devia oferecer uma cerveja.

Plástico: Material flexível de que são feitos os copos utilizados nas aventuras (vide Aventura).

Pint: Característica normalmente atribuída a pessoas que bebem Green (“Aquele tipo tem pint”); Ordem que se dá ao pintor.

Pressão: Sensação vivida quando amigos nos exigem uma rodada.

Príncipe: Copo com sangue azul.

Q

Queda: Passar de cavalo para burro. Vide Drama.

R

Rapidinha: Penálti; Não é mau, mas valia a pena saborear.

Rei: Copo com a mania da superioridade; Amigo que paga a rodada.

Rock: Super.

Rótulo: Roupa da Garrafa; O marido da rótula.

S

Simplicidade: Super Bock Tango, a forma mais fácil de beber.

Stout: As pretas dão-nos a volta à cabeça; Vide Bunda.

Super Bock: Cerveja. Com todas as letras.

T

Tango: Ideal para dois: Groselha com upgrade.

Temperatura: Baixa. Muito baixa.

Tremoço: Marisco da terra (vide Amendoim);

Tubos: Copos que saíram ao pai.

Tulipa: Flor de vidro (na verdade é só um copo, mas dito assim soa melhor).

Twin: Super Bock a sério para quem vai conduzir.

U

Unicer: Vide Patrão.

V

Vidro: Material de que são feitas as garrafas e os copos, excepto os de plástico, curiosamente.

X

Xixi: Última etapa do ciclo natural da cerveja.

Z

Zigue-zague: Técnica utilizada no decorrer de uma aventura (vide Aventura). Forma de caminhar a direito para quem não está sóbrio.

Zero: Quantidade de álcool da Twin; Número de letras que faltam para terminar este dicionário.

segunda-feira, julho 31, 2006

Questão nº 18

Pedro pergunta:

No outro dia, ia eu na rua quando, de repente, um carro com alguns rapazes pára a meu lado. Um deles abre a janela e todos gritaram: "Aleluia!" A minha questão é: "Será que sou Deus?"
(questão colocada por email)

MICC responde:
Caro Pedro,
A sua questão é, por demais, pertinente e já tem sido colocada por muita gente ao longo dos tempos. Exemplos não faltam, desde Alexandre, o Magno, a Macário Correia passando, naturalmente, por José Mourinho.
Vou directo à questão: O Pedro não é Deus. Não sei se o Pedro vai acolher esta informação com alívio ou frustração, mas a minha resposta é baseada em factos inequívocos e não tem margem de erro possível. Antes de mais, dada a omnisciência divina. Se Deus tudo sabe, então Deus não pode ter dúvidas existenciais nem crises de identidade. Ou seja, Deus sabe que é Deus.
Por outro lado, não sei se reparou, mas sempre que escreveu "eu" usou um "E" minúsculo. Mais uma vez, o próprio Pedro (talvez a nível subconsciente) ao colocar a dúvida, já estava a dar a resposta.
Não quero que isto o deixe desanimado e, muito menos, que desvalorize a sua condição humana. Espero que estas próximas duas ideias o ajudem:
1. Saiba que as pessoas que se convencem de que são Deus são, regra geral, doidos varridos indignos de qualquer espécie de credibilidade. O Pedro, não! Agora que afastou a tentação delirante, já pode encontrar o equilíbrio e trabalhar uma personalidade sã.
2. Se soubesse no que se ia meter, o Pedro não ia querer ser Deus. É uma maçada. Já imaginou o que seria ter, sobre os ombros, o peso dos erros de toda a Humanidade? E estar sempre a ser incomodado com rezas a pedirem coisas mesquinhas e irrelevantes? E ser tratado por vários nomes diferentes? Sim, porque nem nisso os humanos atinaram: Deus, Alá, Jeová, Benfica... É uma maçada ser Deus. Acredite que Eu sei do que estou a falar.

Formador Miguel

NOTA AOS LEITORES: Bem sei que há muitas perguntas ainda sem a resposta do MICC. Não desesperem, que o Formador Miguel e o Formador Carlos não se esqueceram de vós.

Caro Pedro:

Não colocando de parte a resposta do meu colega Formador Miguel, sinto-me na obrigação moral de observar que, embora não sendo Deus, há ainda a possibilidade do Pedro ser um deus menor, se levarmos em conta que tipos como os que habitavam a Grécia Antiga e a Roma dos bons velhos tempos tinham algumas teorias acerca disso.

Ou seja: se acreditarmos em Baco e Afrodite e semelhantes, poderemos manter em aberto a possibilidade do Pedro ser um deus de baixo calibre.

Existem, como é óbvio, alguns sintomas que o poderão ajudar a esclarecer esta dúvida:
1- Possuir uma forma meio humana, meio animal;
2- Ter sido concebido por uma entidade divina num momento de confraternização com um mortal;
3- ser capaz de fazer coisas extraordinárias, como mudar o estado do tempo, prever catástrofes ou suportar o compacto televisivo da Floribela
4- Libertar relâmpagos pelo ânus sempre que solta um pum.

Estes são sinais óbvios. Caso não possua pelo menos uma destas características, leve também em conta a hipótese do grupo de jovens que o abordou ser um bando de mancebos salesianos a caminho da leitura semanal da Bíblia.

Formador Carlos

quinta-feira, julho 13, 2006

Questão nº 17

Élio pergunta:

"Gostaria de saber qual a vossa postura perante as constantes chamadas telefónicas com o intuito de promover determinados produtos, ou seja, como nos podemos despachar o mais rápidamente possível delas."

(questão colocada por email)

MICC responde:

Caríssimo Élio,
É com alguma tristeza que vejo que está a passar ao lado do essencial. Para quê despachar essas chamadas, quando elas podem ser fonte das mais diversas alegrias? Não precisa! Tire partido desses telefonemas! Como? Muito simples! Sempre que receber essas chamadas, divirta-se, saboreie o momento, até porque é a outra parte que está a pagar. Tem três formas de o fazer:
1. Finja que está a espancar alguém enquanto fala: "Claro que respondo, espere só... TOMA! Quero ver se ainda gritas depois de te enfiar este garfo no pescoço! E agora?!"
2.Finja que está à beira de cometer suicídio: "Até é bom falar com alguém, pode ser a última conversa que tenho antes de tomar os comprimidos, dê-me só um segundo... Pode continuar... Ai, estou a ficar com tanto sono..." ou "Espere, não estou a ouvir bem, tenho pouca rede com a cabeça enfiada no forno..."
3. Esta é, para mim, de longe a mais engraçada: Finja que tudo aquilo é uma chamada erótica:
"Boa tarde, fala da (empresa X), gostaria de saber se o/a senhor/a tem cinco minutinhos para responder a umas perguntas...
R: Claro que tenho, mas diz-me, o que é que tens vestido?
(...) Tenho um fato/uma saia, mas queria perguntar-lhe se...
R: De que côr?
(...) Castanho... Mas...
R: Ui, nem sabes como isso me excita! Vai-te despindo...
(...) Não posso agora, o que eu gostava de perguntar-lhe era...
R: Estás a fazer-te difícil? E se eu disser que neste preciso momento estou a segurar nele? O que é que tu fazes? És um/a malandro/a, não és? Agora, geme... Estás a sentir?
(e por aí adiante...)

Está a ver, Élio? Com um pouco de imaginação, qualquer pequena arrelia pode transformar-se num momento de comédia pura!

Formador Miguel

Caro Élio

Antes de mais, devia escrever o seu próprio nome com "H". Também tenho um amigo que se chama Idrogénio, mas esse já mudou. E não é questão de ter sido registado assim ou assado, é uma questão de respeito pela sagrada tabela periódica.
Adiante.
Permita-me ajudá-lo nesta questão das vendas por telefone:
- A melhor forma de despachar de forma rápida e segura este pesadelo constante é simples. Compre tudo, sempre e sem regatear.

Formador Carlos


Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 16

pó de ser pergunta:

"Depois de um homem urinar, qual o número de vezes em que se pode sacudir o dito? É que acho que existe um linha muito fina entre higiene e prazer."
(questão colocada no sistema de comentários)

MICC responde:

Caro Pó,

Antes de mais, deixe-me parabenizá-lo, como dizem os nossos amigos brasileiros, pela originalidade do seu nome. Não me leve a mal a liberdade de tratá-lo pelo nome próprio, Pó, mas entendo que chamar-lhe "Sr de Ser" soaria estranho e rimaria com coisas despropositadas, tal como amanhecer. Pode ser, Pó? Pode? Muito bem. Tendo arrumado esta questão, pode ser que eu saiba responder à sua questão. Não sem antes fazer uma pequena chalaça, usando o seu nome como mote, pode ser? Pois que gostaria de dizer: Caro Pó, no fim de tudo, todos voltamos... a Si! Engraçada, não foi? (A aprendizagem não tem que ser maçadora, um pouco de humor cai sempre bem e até pode ter um efeito desinibidor. Pode ter, não pode, Pó de Ser? Mais outra chalaça, hoje estou imparável!)
Pois que sim senhor, existe, de facto, uma linha muito fina entre higiene e prazer. Para as mulheres, é a linha do tampão.
Para os homens, a linha fia mais fino. O cerne da questão não passa tanto pelo número de vezes que sacode o dito, mas antes por um ponto prévio: Quem é que lhe está a sacudir o dito? Se não for o Caro Pó a sacudir-se a si próprio, nem é preciso sacudir uma única vez: a linha do prazer já foi transposta (a menos que o Pó tenha ambos os braços partidos e engessados e, por isso, precise da ajuda prestável de um musculoso enfermeiro espanhol chamado Paco - e mesmo nesse cenário, o Pó de Ser pode ter prazer, uma vez que não sei qual é a sua orientação sexual). Dito isto, e presumindo que é o Pó que se está a sacudir (e é sempre bom sacudir-se o pó - mais outra chalaça! Ui, ninguém me pára!), devo explicar-lhe algo que é a pedra basilar da sexualidade. Não é uma questão de quantidade, mas de qualidade. Não é o número de vezes que o dito é sacudido, é a forma como a sacudidela é feita. Quando for para ter prazer, pode ter a certeza que o Pó de Ser saberá que a linha foi transposta. Mas isso acho que o Pó de Ser já pode ter uma bela ideia do que isso pode ser.
Formador Miguel

quarta-feira, julho 12, 2006

Questão nº 15

Lígia Santos pergunta:

"Qual o método mais eficaz para acabar com os soluços?
A) dar um tiro à pessoa em questão
B) enfiar-lhe 2 litros de água pelas guelas abaixo
C) mostrar-lhe uma foto do josé castelo branco (meeedooo!!!)
D) mostrar-lhe uma foto do josé castelo branco de tanga (meeedooo!!!...muitomeeedooooo!!!!)"
(questão colocada por email)

MICC responde:
Infelizmente, só uma das opções colocadas cumpre a função. Estamos a falar da opção A, que tem apenas uma ligeira contra-indicação (contra-indicação essa, que a Lígia descobrirá rapidamente, quando a puser em prática).
De resto, não sabemos quem é esse senhor da foto, que referiu. Mas se ele mete medo e a Lígia obteve fotos dele em tanga, procure melhorar a sua dating list.

Cara Lígia, como não me canso de enfatizar, a pontuação redundante (!!!!) não beneficia a qualidade da sua escrita que, não fora esse pormenor, seria bastante elevada.

Formador Miguel

Questão nº 14

Lígia Santos pergunta:

"Qual a importância de se inspirar pelo nariz e de se expirar pela boca?"
(questão colocada por email)

MICC responde:

Nenhuma. E toda. Eu explico. É indiferente se opta por inspirar por aqui e expirar por ali, ou vice versa. A importância é nenhuma...
...desde que não se esqueça do acto de inspirar e expirar.
Se ficar a pensar nessa questão muito tempo e, nesse hiato, se esquecer de inspirar e expirar, o mais provável é que essa seja a última questão em que a Lígia pensa de todo, faço-me entender?

Formador Miguel

Questão nº 13

Joana Filipa pergunta:

1º - Como é que o Scolari, que é Brasileiro, conseguiu em breves minutos, o que muitos outros tentaram por mais de 80anos, e dois anos depois, nem sequer foi preciso ele abrir a boca, que veio logo tudo como impulso... Ou seja, como é que em 2004, Scolari apelou ao uso da Bandeira Portuguesa para demonstração de apoio, e de orgulho, e foi logo atendido, quando na verdade a Bandeira Actual tem mais de 80 anos, e desta vez nem isso foi preciso?????

2º - E tendo a certeza que não é pelas caracteristicas futebolisticas, nem quaisquer outras, dos jogadores na Nossa Selecção. O que é que leva a minha avó, com mais de 60 anos, que nunca na vida viu ou sequer gostou de futebol, hoje veja os Jogos da Selecção de Portugal de fio a pavio, e ainda reze quando eles estão a entrar em campo???????

(questão colocada por email)

MICC responde:

1º Nunca ouviu a expressão scolaridade obrigatória?
2º A sua avó, que é uma senhora muitíssimo simpática e que faz uns bolinhos de canela de se lhes tirar o chapéu (apesar de eu não saber quem ela é) é uma mulher que vive no seu tempo. É uma mulher avançada. Uma mulher que sabe a importância de andar na moda. Estou certo, ou errado? Ora aí está. A sua avó aderiu à moda. Se o chinquilho fosse moda, pode ter a certeza que ela também rezaria. Não é preciso perceber o desporto. O verdadeiro desporto sente-se. É uma questão de sentimento nacional. Mas tenha cuidado! Se ela anda assim, toda modernaça, um dia ainda a apanha a fumar (ou pior, ainda a vê numa das nossas acções de formação).

Aproveito para lhe pedir que não use mais que um ponto de interrogação por pergunta. A repetição torna-se redundante e cansativa. Tal como as minhas explicações sobre pontuação. Repetidas, perdem interesse. Beijinho à avó.

Formador Miguel