M.I.C.C.

Bem-vindo ao M.I.C.C. online, o serviço interactivo (grátis!) criado para resolver todos os seus problemas. ATENÇÃO: a utilização deste serviço digital deve ser complementada com a participação ao vivo num curso de formação intensiva dado pelos autores. Até ao fim de Setembro, estaremos todas as quintas, pelas 22.30, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. Reserve já o seu bilhete. E os dos seus amigos. Como? através do nº 918971789 ou do mail fabricadepecas@gmail.com

segunda-feira, julho 31, 2006

Questão nº 18

Pedro pergunta:

No outro dia, ia eu na rua quando, de repente, um carro com alguns rapazes pára a meu lado. Um deles abre a janela e todos gritaram: "Aleluia!" A minha questão é: "Será que sou Deus?"
(questão colocada por email)

MICC responde:
Caro Pedro,
A sua questão é, por demais, pertinente e já tem sido colocada por muita gente ao longo dos tempos. Exemplos não faltam, desde Alexandre, o Magno, a Macário Correia passando, naturalmente, por José Mourinho.
Vou directo à questão: O Pedro não é Deus. Não sei se o Pedro vai acolher esta informação com alívio ou frustração, mas a minha resposta é baseada em factos inequívocos e não tem margem de erro possível. Antes de mais, dada a omnisciência divina. Se Deus tudo sabe, então Deus não pode ter dúvidas existenciais nem crises de identidade. Ou seja, Deus sabe que é Deus.
Por outro lado, não sei se reparou, mas sempre que escreveu "eu" usou um "E" minúsculo. Mais uma vez, o próprio Pedro (talvez a nível subconsciente) ao colocar a dúvida, já estava a dar a resposta.
Não quero que isto o deixe desanimado e, muito menos, que desvalorize a sua condição humana. Espero que estas próximas duas ideias o ajudem:
1. Saiba que as pessoas que se convencem de que são Deus são, regra geral, doidos varridos indignos de qualquer espécie de credibilidade. O Pedro, não! Agora que afastou a tentação delirante, já pode encontrar o equilíbrio e trabalhar uma personalidade sã.
2. Se soubesse no que se ia meter, o Pedro não ia querer ser Deus. É uma maçada. Já imaginou o que seria ter, sobre os ombros, o peso dos erros de toda a Humanidade? E estar sempre a ser incomodado com rezas a pedirem coisas mesquinhas e irrelevantes? E ser tratado por vários nomes diferentes? Sim, porque nem nisso os humanos atinaram: Deus, Alá, Jeová, Benfica... É uma maçada ser Deus. Acredite que Eu sei do que estou a falar.

Formador Miguel

NOTA AOS LEITORES: Bem sei que há muitas perguntas ainda sem a resposta do MICC. Não desesperem, que o Formador Miguel e o Formador Carlos não se esqueceram de vós.

Caro Pedro:

Não colocando de parte a resposta do meu colega Formador Miguel, sinto-me na obrigação moral de observar que, embora não sendo Deus, há ainda a possibilidade do Pedro ser um deus menor, se levarmos em conta que tipos como os que habitavam a Grécia Antiga e a Roma dos bons velhos tempos tinham algumas teorias acerca disso.

Ou seja: se acreditarmos em Baco e Afrodite e semelhantes, poderemos manter em aberto a possibilidade do Pedro ser um deus de baixo calibre.

Existem, como é óbvio, alguns sintomas que o poderão ajudar a esclarecer esta dúvida:
1- Possuir uma forma meio humana, meio animal;
2- Ter sido concebido por uma entidade divina num momento de confraternização com um mortal;
3- ser capaz de fazer coisas extraordinárias, como mudar o estado do tempo, prever catástrofes ou suportar o compacto televisivo da Floribela
4- Libertar relâmpagos pelo ânus sempre que solta um pum.

Estes são sinais óbvios. Caso não possua pelo menos uma destas características, leve também em conta a hipótese do grupo de jovens que o abordou ser um bando de mancebos salesianos a caminho da leitura semanal da Bíblia.

Formador Carlos

quinta-feira, julho 13, 2006

Questão nº 17

Élio pergunta:

"Gostaria de saber qual a vossa postura perante as constantes chamadas telefónicas com o intuito de promover determinados produtos, ou seja, como nos podemos despachar o mais rápidamente possível delas."

(questão colocada por email)

MICC responde:

Caríssimo Élio,
É com alguma tristeza que vejo que está a passar ao lado do essencial. Para quê despachar essas chamadas, quando elas podem ser fonte das mais diversas alegrias? Não precisa! Tire partido desses telefonemas! Como? Muito simples! Sempre que receber essas chamadas, divirta-se, saboreie o momento, até porque é a outra parte que está a pagar. Tem três formas de o fazer:
1. Finja que está a espancar alguém enquanto fala: "Claro que respondo, espere só... TOMA! Quero ver se ainda gritas depois de te enfiar este garfo no pescoço! E agora?!"
2.Finja que está à beira de cometer suicídio: "Até é bom falar com alguém, pode ser a última conversa que tenho antes de tomar os comprimidos, dê-me só um segundo... Pode continuar... Ai, estou a ficar com tanto sono..." ou "Espere, não estou a ouvir bem, tenho pouca rede com a cabeça enfiada no forno..."
3. Esta é, para mim, de longe a mais engraçada: Finja que tudo aquilo é uma chamada erótica:
"Boa tarde, fala da (empresa X), gostaria de saber se o/a senhor/a tem cinco minutinhos para responder a umas perguntas...
R: Claro que tenho, mas diz-me, o que é que tens vestido?
(...) Tenho um fato/uma saia, mas queria perguntar-lhe se...
R: De que côr?
(...) Castanho... Mas...
R: Ui, nem sabes como isso me excita! Vai-te despindo...
(...) Não posso agora, o que eu gostava de perguntar-lhe era...
R: Estás a fazer-te difícil? E se eu disser que neste preciso momento estou a segurar nele? O que é que tu fazes? És um/a malandro/a, não és? Agora, geme... Estás a sentir?
(e por aí adiante...)

Está a ver, Élio? Com um pouco de imaginação, qualquer pequena arrelia pode transformar-se num momento de comédia pura!

Formador Miguel

Caro Élio

Antes de mais, devia escrever o seu próprio nome com "H". Também tenho um amigo que se chama Idrogénio, mas esse já mudou. E não é questão de ter sido registado assim ou assado, é uma questão de respeito pela sagrada tabela periódica.
Adiante.
Permita-me ajudá-lo nesta questão das vendas por telefone:
- A melhor forma de despachar de forma rápida e segura este pesadelo constante é simples. Compre tudo, sempre e sem regatear.

Formador Carlos


Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 16

pó de ser pergunta:

"Depois de um homem urinar, qual o número de vezes em que se pode sacudir o dito? É que acho que existe um linha muito fina entre higiene e prazer."
(questão colocada no sistema de comentários)

MICC responde:

Caro Pó,

Antes de mais, deixe-me parabenizá-lo, como dizem os nossos amigos brasileiros, pela originalidade do seu nome. Não me leve a mal a liberdade de tratá-lo pelo nome próprio, Pó, mas entendo que chamar-lhe "Sr de Ser" soaria estranho e rimaria com coisas despropositadas, tal como amanhecer. Pode ser, Pó? Pode? Muito bem. Tendo arrumado esta questão, pode ser que eu saiba responder à sua questão. Não sem antes fazer uma pequena chalaça, usando o seu nome como mote, pode ser? Pois que gostaria de dizer: Caro Pó, no fim de tudo, todos voltamos... a Si! Engraçada, não foi? (A aprendizagem não tem que ser maçadora, um pouco de humor cai sempre bem e até pode ter um efeito desinibidor. Pode ter, não pode, Pó de Ser? Mais outra chalaça, hoje estou imparável!)
Pois que sim senhor, existe, de facto, uma linha muito fina entre higiene e prazer. Para as mulheres, é a linha do tampão.
Para os homens, a linha fia mais fino. O cerne da questão não passa tanto pelo número de vezes que sacode o dito, mas antes por um ponto prévio: Quem é que lhe está a sacudir o dito? Se não for o Caro Pó a sacudir-se a si próprio, nem é preciso sacudir uma única vez: a linha do prazer já foi transposta (a menos que o Pó tenha ambos os braços partidos e engessados e, por isso, precise da ajuda prestável de um musculoso enfermeiro espanhol chamado Paco - e mesmo nesse cenário, o Pó de Ser pode ter prazer, uma vez que não sei qual é a sua orientação sexual). Dito isto, e presumindo que é o Pó que se está a sacudir (e é sempre bom sacudir-se o pó - mais outra chalaça! Ui, ninguém me pára!), devo explicar-lhe algo que é a pedra basilar da sexualidade. Não é uma questão de quantidade, mas de qualidade. Não é o número de vezes que o dito é sacudido, é a forma como a sacudidela é feita. Quando for para ter prazer, pode ter a certeza que o Pó de Ser saberá que a linha foi transposta. Mas isso acho que o Pó de Ser já pode ter uma bela ideia do que isso pode ser.
Formador Miguel

quarta-feira, julho 12, 2006

Questão nº 15

Lígia Santos pergunta:

"Qual o método mais eficaz para acabar com os soluços?
A) dar um tiro à pessoa em questão
B) enfiar-lhe 2 litros de água pelas guelas abaixo
C) mostrar-lhe uma foto do josé castelo branco (meeedooo!!!)
D) mostrar-lhe uma foto do josé castelo branco de tanga (meeedooo!!!...muitomeeedooooo!!!!)"
(questão colocada por email)

MICC responde:
Infelizmente, só uma das opções colocadas cumpre a função. Estamos a falar da opção A, que tem apenas uma ligeira contra-indicação (contra-indicação essa, que a Lígia descobrirá rapidamente, quando a puser em prática).
De resto, não sabemos quem é esse senhor da foto, que referiu. Mas se ele mete medo e a Lígia obteve fotos dele em tanga, procure melhorar a sua dating list.

Cara Lígia, como não me canso de enfatizar, a pontuação redundante (!!!!) não beneficia a qualidade da sua escrita que, não fora esse pormenor, seria bastante elevada.

Formador Miguel

Questão nº 14

Lígia Santos pergunta:

"Qual a importância de se inspirar pelo nariz e de se expirar pela boca?"
(questão colocada por email)

MICC responde:

Nenhuma. E toda. Eu explico. É indiferente se opta por inspirar por aqui e expirar por ali, ou vice versa. A importância é nenhuma...
...desde que não se esqueça do acto de inspirar e expirar.
Se ficar a pensar nessa questão muito tempo e, nesse hiato, se esquecer de inspirar e expirar, o mais provável é que essa seja a última questão em que a Lígia pensa de todo, faço-me entender?

Formador Miguel

Questão nº 13

Joana Filipa pergunta:

1º - Como é que o Scolari, que é Brasileiro, conseguiu em breves minutos, o que muitos outros tentaram por mais de 80anos, e dois anos depois, nem sequer foi preciso ele abrir a boca, que veio logo tudo como impulso... Ou seja, como é que em 2004, Scolari apelou ao uso da Bandeira Portuguesa para demonstração de apoio, e de orgulho, e foi logo atendido, quando na verdade a Bandeira Actual tem mais de 80 anos, e desta vez nem isso foi preciso?????

2º - E tendo a certeza que não é pelas caracteristicas futebolisticas, nem quaisquer outras, dos jogadores na Nossa Selecção. O que é que leva a minha avó, com mais de 60 anos, que nunca na vida viu ou sequer gostou de futebol, hoje veja os Jogos da Selecção de Portugal de fio a pavio, e ainda reze quando eles estão a entrar em campo???????

(questão colocada por email)

MICC responde:

1º Nunca ouviu a expressão scolaridade obrigatória?
2º A sua avó, que é uma senhora muitíssimo simpática e que faz uns bolinhos de canela de se lhes tirar o chapéu (apesar de eu não saber quem ela é) é uma mulher que vive no seu tempo. É uma mulher avançada. Uma mulher que sabe a importância de andar na moda. Estou certo, ou errado? Ora aí está. A sua avó aderiu à moda. Se o chinquilho fosse moda, pode ter a certeza que ela também rezaria. Não é preciso perceber o desporto. O verdadeiro desporto sente-se. É uma questão de sentimento nacional. Mas tenha cuidado! Se ela anda assim, toda modernaça, um dia ainda a apanha a fumar (ou pior, ainda a vê numa das nossas acções de formação).

Aproveito para lhe pedir que não use mais que um ponto de interrogação por pergunta. A repetição torna-se redundante e cansativa. Tal como as minhas explicações sobre pontuação. Repetidas, perdem interesse. Beijinho à avó.

Formador Miguel

Questão nº 12

David Nelson pergunta:

"Boa noite. Venho por este meio solicitar aos senhores "formadores" a resposta às seguintes perguntas: Futebol - qual a razão de tanta popularidade deste desporto que move multidões, nomeadamente o cidadão comum? Como deve um cidadão cumum fazer para: Colocar uma girafa no frigorifico? Colocar um elefante no frigorifico? Após o rei leao convocar uma reuneao com todos os animais da selva, porque faltaram os elefantes? Se eu quiser atravessar um rio no meio da selva, onde normalmente habitam crocodilos, como devo proceder?"
(questão colocada por email)

MICC responde:

O Futebol, caro David, é um desporto cujas origens remontam à China antiga, onde era visto como uma forma de treinar soldados para a guerra. A única regra era: "Não vale matar o adversário". Nesses saudosos tempos, o Futebol era uma representação da luta, uma manifestação de virilidade e, atrevo-me a dizê-lo, uma forma de arte. Posteriormente, já em finais do séc. XIX/princípios do séc XX, o Futebol foi adoptado também no terceiro mundo, designadamente em Inglaterra. A expansão e a internacionalização deste desporto ocorrem a partir daí. Infelizmente, os ingleses decidiram suavizar esta forma de desporto e "efeminaram" o seu espírito, impondo-lhe regras, normas e mariquices inomináveis. Antes, um jogador ficava fora de jogo quando a sua cabeça decapitada era pontapeada para fora do recinto. Hoje em dia, é a pieguice que se vê... Pois muito bem, acredito que as multidões seguem este jogo na expectativa de verem um pouco do espírito pioneiro desses tempos. E, felizmente, mesmo com todos os constrangimentos das "regras" e dos "regulamentos" ainda há jogadores que não resistem a exibir os seus dotes guerreiros, para gáudio da plebe. Quem não viu, neste Mundial, Wayne Rooney pisar os testículos de Ricardo Carvalho? E por que razão acha que o jogador eleito como o melhor do Mundial foi justamente o único que soube usar a cabeça?

(As restantes perguntas encontram resposta no post intitulado "Regras Básicas do MICC" na parte subordinada às QUECAS.)
Formador Miguel

Questão nº 11

José Gonçalves pergunta:

"Caríssimos Formadores Mestre,

Qual a melhor forma de fazer Zapping evitando as TVIs, os Canais Parlamento e TVshopping?

Será muito grave na formação do Cidadão Comum "omitir" este tipo de Canais? As Lacunas Culturais promovidas pela ausencia deste tipo de Canal podem decapitar irremediavelmente o "nosso" Know-How de cultura Geral?"

(pergunta colocada por email)

MICC responde:

Ao ler que não lhe agrada a TVI, o Canal Parlamento e a TV Shopping, percebi imediatamente que o caro José não aprecia programas de humor. Mas isso é um direito que lhe assiste. O José pergunta qual a melhor forma de fazer zapping. Pois muito bem, anote: Com o seu aparelho de televisão, deve ter vindo um objecto preto ou cinzento em forma de paralelipípedo cheio de botões. Não o deite fora! Esse objecto é normalmente apelidado de telecomando. Para que serve? Ora aí está! Serve para mudar de canal. E então, como fazer para mudar de canal? Exactamente: carregando nos botões. Cada número corresponde a um canal diferente. Procure ir pressionando os diferentes botões até encontrar um canal do seu agrado (o meu preferido, por ser dinâmico e divertido, é o teletexto da RTP). E como carregar no telecomando? Boa questão! Utilize uma extremidade do seu corpo que esteja disponível. As pessoas vulgares usam o dedo indicador. Claro que, se quiser ter um estilo próprio, pode recorrer ao seu nariz, aos dedos do pé ou a quaisquer outras extremidades que se encontrem livres (faço-me entender?).

Pergunta ainda se a sua cultura geral pode sofrer danos irreversíveis com a não utlização destes canais em particular. Meu caro, cada um faz o que quer com o seu canal. A sua cultura geral não ganha, nem perde, se decidir não dar qualquer uso ao seu.

Formador Miguel