Questão nº 4
Nuno Matos pergunta:
" Ok, digam lá o que fazer para arranjar aquele emprego... "
(pergunta colocada por e-mail)
MICC responde:
- Qual?
Formador Miguel
- Caro Nuno
Como pode observar pela resposta anterior, as técnicas para garantir o posicionamento estratégico profissional numa empresa variam conforme o ramo de actividade, a localização geográfica do mesmo e o facto de ter ou não um tio seu como gestor na referida empresa.
Em traços genéricos, posso sempre ajudá-lo com algumas instruções genéricas:
1) Escolha a empresa e o cargo que gostaria de desempenhar
- Esqueça as suas limitações e aponte para o céu. Almeje posições que tenham hífens na sua designação, como director-executivo, gestor-chefe ou presidente-geral. Esqueça a história de "começar por baixo": demora imenso tempo e obriga-o a ter que trabalhar, o que é bastante diferente de ter um emprego;
2)Prepare o seu Curriculum Vitae
- Arranje um curriculum invejável que esteja relacionado com o sector da empresa a que se candidata. O curriculum não precisa de ser verdadeiro mas tem que ser convincente e difícil de contestar. Ou seja, você pode inventar o que quiser desde que dificulte a prova contrária. Pode, por exemplo, dizer que tirou o mestrado em Marketing na Universidade do Kalamari e que esteve 3 anos como gestor numa empresa do Dubai, mas nunca diga que foi o primeiro homem a pisar a lua ou que é presidente da Sonae. Lembre-se que haverá sempre um espertinho desconfiado por perto.
3) Autoconfiança, motivação e superioridade
Estes são os factores-chave para conquistar uma entrevista. Não se mostre demasiadamente desesperado. Sorria e adopte uma postura com uma certa displicência, como se já tivesse o emprego garantido. Trate os entrevistadores como crianças de 5 anos e, a meio da entrevista, desvie o assunto da conversa com frases como "É verdade, tenho que me lembrar de telefonar ao Stanley Ho para lhe dar os parabéns" ou "Desculpem não desligar o telemóvel mas estou à espera de uma chamada importante do meu clube de golfe sobre o estado da relva para domingo que vem";
4) Elimine toda a concorrência
Descubra os nomes dos seus possíveis concorrentes ao lugar e destrua-lhes a imagem com frases subtis como "Soube que o Silva também está a concorrer... Ele é bom rapaz, a desintoxicação parece que funcionou". Se for preciso, elimine-os mesmo fisicamente: arranje quem lhes faça uma espera à porta de casa e lhes limpe o sebo.
Isto são conceitos gerais básicos, como deve compreender. Há quem diga que somos apologistas da mentira e da violência, mas não se engane: a formação teórica não representa nada nas empresas portuguesas e o recurso a técnicas pouco ortodoxas não é violência: é vantagem competitiva.
Formador Carlos
Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!
" Ok, digam lá o que fazer para arranjar aquele emprego... "
(pergunta colocada por e-mail)
MICC responde:
- Qual?
Formador Miguel
- Caro Nuno
Como pode observar pela resposta anterior, as técnicas para garantir o posicionamento estratégico profissional numa empresa variam conforme o ramo de actividade, a localização geográfica do mesmo e o facto de ter ou não um tio seu como gestor na referida empresa.
Em traços genéricos, posso sempre ajudá-lo com algumas instruções genéricas:
1) Escolha a empresa e o cargo que gostaria de desempenhar
- Esqueça as suas limitações e aponte para o céu. Almeje posições que tenham hífens na sua designação, como director-executivo, gestor-chefe ou presidente-geral. Esqueça a história de "começar por baixo": demora imenso tempo e obriga-o a ter que trabalhar, o que é bastante diferente de ter um emprego;
2)Prepare o seu Curriculum Vitae
- Arranje um curriculum invejável que esteja relacionado com o sector da empresa a que se candidata. O curriculum não precisa de ser verdadeiro mas tem que ser convincente e difícil de contestar. Ou seja, você pode inventar o que quiser desde que dificulte a prova contrária. Pode, por exemplo, dizer que tirou o mestrado em Marketing na Universidade do Kalamari e que esteve 3 anos como gestor numa empresa do Dubai, mas nunca diga que foi o primeiro homem a pisar a lua ou que é presidente da Sonae. Lembre-se que haverá sempre um espertinho desconfiado por perto.
3) Autoconfiança, motivação e superioridade
Estes são os factores-chave para conquistar uma entrevista. Não se mostre demasiadamente desesperado. Sorria e adopte uma postura com uma certa displicência, como se já tivesse o emprego garantido. Trate os entrevistadores como crianças de 5 anos e, a meio da entrevista, desvie o assunto da conversa com frases como "É verdade, tenho que me lembrar de telefonar ao Stanley Ho para lhe dar os parabéns" ou "Desculpem não desligar o telemóvel mas estou à espera de uma chamada importante do meu clube de golfe sobre o estado da relva para domingo que vem";
4) Elimine toda a concorrência
Descubra os nomes dos seus possíveis concorrentes ao lugar e destrua-lhes a imagem com frases subtis como "Soube que o Silva também está a concorrer... Ele é bom rapaz, a desintoxicação parece que funcionou". Se for preciso, elimine-os mesmo fisicamente: arranje quem lhes faça uma espera à porta de casa e lhes limpe o sebo.
Isto são conceitos gerais básicos, como deve compreender. Há quem diga que somos apologistas da mentira e da violência, mas não se engane: a formação teórica não representa nada nas empresas portuguesas e o recurso a técnicas pouco ortodoxas não é violência: é vantagem competitiva.
Formador Carlos
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2 Comments:
o que fazer aos professores ou chefes chatos?
Caros Gurus da Sacrossanta Sabedoria Popular/ Empírica:
O que fazer com a tradicional comichão na virilha, quando esta se manifesta (de forma violenta) em público? Coçar e correr o risco de ser açoitado por um conjunto de feministas furiosas por estar a suprimir a sua sexualidade, ao estar a coçar uma parte do corpo de que elas não dispõem? Ou não coçar e correr o risco (ainda maior) de ser insultado e violentamente espancado por um grupo de operários de Construção Civil da zona da Trofa ou do Montijo que consideram que ter comichão nos túbaros e não coçar, não é de homem – e ‘cogito ergo sum’, é muito abichanado?
Resumindo e aproveitando as palavras daquele príncipe dinamarquês meio chanfrado que falava com ossadas, ‘Coçar ou não coçar, eis a questão?’
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