M.I.C.C.

Bem-vindo ao M.I.C.C. online, o serviço interactivo (grátis!) criado para resolver todos os seus problemas. ATENÇÃO: a utilização deste serviço digital deve ser complementada com a participação ao vivo num curso de formação intensiva dado pelos autores. Até ao fim de Setembro, estaremos todas as quintas, pelas 22.30, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. Reserve já o seu bilhete. E os dos seus amigos. Como? através do nº 918971789 ou do mail fabricadepecas@gmail.com

sexta-feira, junho 30, 2006

Questão nº 10

susana pergunta:

"Como sobreviver aos exames nacionais do 9º, 11º e 12º?"
(aluna desesperada)

pergunta colocada no sistema de comentários

MICC responde:

Cara Susana,

Parece-me que está demasiado centrada no seu problema e, ainda por cima, incorre no erro de o analisar exclusivamente do seu ponto de vista. O segredo é relativizar. Coloque as coisas em perspectiva. Como? Experimente, por exemplo, pôr-se na minha pele (mas não abuse, porque eu sou um homem comprometido). Ora então, veja o seu problema do meu prisma:
Eu não vou ter dificuldades nenhumas em sobreviver aos seus exames do 9º, 11º e 12º! É-me completamente indiferente. Logo, e isto é uma questão de lógica pura, uma solução passaria por a Susana esquecer-se de si própria. Como? Mudando de identidade. Passe a ser outra pessoa. Eu oferecia-lhe a minha, mas já está ocupada.
Está a pensar: "Ah, muito bem, mas isso não me ajuda na minha questão pessoal!" É bem verdade. Não ajuda. Porquê? Porque a questão é isso mesmo: sua e pessoal.
Então, e como é que eu posso ajudá-la? Muito bem, agora, cabe a mim colocar-me na sua pele (também sem abusar, porque ainda não temos grande intimidade). Se eu fosse a Susana, seguiria um de três passos, a saber:
1. Preparava-me para os exames (pois, eu sei, estudar é chato e dá trabalho);
2. Recusava-me a fazer qualquer esforço, colocando o meu futuro nas mãos de Deus, mas a intervenção divina depende da genuinidade da sua fé e isso é difícil de aferir);
3. Optava pelo meio termo: um pouco de esforço aliado a um pouco de fé. Como? Copiando descaradamente. O esforço passa por escolher a pessoa certa para copiar (o que não é fácil, porque nem toda a gente que parece inteligente e informada... é realmente inteligente e informada) E uma pitadinha de fé: a expectativa de não ser apanhada.

Bem sei que esta lógica parece uma pescadinha de rabo na boca, mas a única maneira de ter a certeza de sobrevivência nesses exames volta a remeter-nos para a solução nº 1. Porquê? Porque tudo o resto é falível. Por outras palavras, se eu estivesse na sua pele (sem abusar!) optava pela solução rabo na boca. A Susana experimente fazer o mesmo! Pelo menos, terá a certeza que o que está em jogo será o seu rabo e a sua boca: duas partes da sua anatomia que lhe são familiares e que precisam de todo o seu carinho. Mas, atenção, eu não pretendo acarinhar nem o seu rabo, nem a sua boca! Faça deles o que bem entender.
Resumindo,

Boa sorte!

Formador Miguel

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

quinta-feira, junho 29, 2006

Questão nº 9

Hugo Freitas pergunta:

"-Há algum truque para limpar o nariz com o dedo quando se está parado dentro do carro no transito? Que dedos usar? Devemos enrolar o produto final com o braço de fora ou ter um lençito para limpar esses desectos indesejados?"
(pergunta colocada por e-mail)

MICC responde:

Caro Hugo,

Antes de mais, gostaria de saudá-lo por enriquecer a língua portuguesa. "Desecto" pode ser um neologismo, mas caracteriza bem o macaco do nariz, enquanto fusão entre dejecto e insecto.
Quanto à questão colocada, vamos por partes, começando pelo fim:
Quem lhe disse que o macaco é indesejado? Se fosse, por que perderíamos nós tanto tempo a encontrá-lo? Não! Tirar macacos do nariz é uma forma superior de acarinharmos esse valor supremo que é a Liberdade. E é também uma metáfora sobre o conhecimento, inspirada no pensamento clássico. Duvida? Ora repare no ciclo de vida do macaco:
Vamos buscá-lo lá, no breu onde ele estava encarcerado, enrolamo-lo, fortalecendo-o e preparando-o para a vida e, por fim, libertamo-lo, lançando-o à luz e ao mundo exterior! Acha que isto é fruto de uma extraordinária coincidência? Não vê as incontestáveis semelhanças com a alegoria da caverna de Platão!?
Tirar macacos é muito mais que um acto de higiene ou de auto-recriação. É uma forma de nos aproximarmos do Criador!
Dito isto, resta a componente técnica. Pergunta o Hugo se haverá truque para limpar o nariz dentro do trânsito? Truque para quê, para disfarçar? Espero que não. A beleza e o significado filosófico de tirar macacos do nariz exigem, pelo contrário, que optemos por ritualizar sempre esse momento tão íntimo, como especial. E ritualizar significa, também, dar visibilidade! (sugiro, a propósito, a consulta da resposta à questão nº 7)
Como tornar grandiosa a libertação do macaco? Três passos simples:

1. Que dedos usar? Naturalmente, os dos pés (a amplitude de movimentos que isso provoca trará adrenalina e graciosidade ao movimento).
2. Não fique em silêncio. Enquanto enfia os dedos dos pés no nariz, vá sempre gritando bem alto: "Vá! Tu consegues! Não tenhas medo que isto é só uma fase! Vem ao papá!"
3. Não o deite fora pela janela. Saia do carro e ofereça-o aos outros condutores que estão parados consigo no trânsito. Verá que ninguém o vai olhar com indiferença.

E pronto. Claro que também há quem goste de o pôr na boca. Pode fazê-lo (para que ele se sinta quentinho). Mas atenção: não o mastigue e nunca o engula! Há muita gente que o põe na boca, mas engolir é outra conversa.

Formador Miguel

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!


terça-feira, junho 27, 2006

Questão nº 8

Susana pergunta:

"Que atitude deveremos tomar caso os nossos governantes decidam aumentar novamente o IVA?"
(pergunta enviada por e-mail. O número de pontos de interrogação foi reduzido)

MICC responde:

Cara Susana, noto que anda saturada com a acção dos nossos governantes. E tem alguma razão. Tanta austeridade já não satura (isto não é gralha, é um fino apontamento de humor: a aprendizagem deve ser descontraída).
Começo por sugerir-lhe uma forma simples de evitar que os governantes aumentem o IVA. Como sabe, os governantes não gostam particularmente de aumentar impostos, pois sentem que isso acarreta sempre alguma impopularidade. E, se o fazem, é por acharem que essa é a melhor maneira de controlar o défice. Uma alternativa ao aumento dos impostos seria o aumento das receitas do Estado. Como consegui-lo? A cara Susana pode simplesmente doar uma fortuna aos cofres do Estado! Simples, não? E não me diga que não tem uma fortuna para doar. Tanto eu, como o Formador Carlos andamos surpreendidos com a quantidade de portugueses que não sabem como tornar-se multimilionários da noite para o dia, ganhando, por exemplo, o Euromilhões. Não temos aqui tempo para isso, mas se quiser mesmo saber como fazê-lo, experimente frequentar uma das nossas Acções de Formação.
Mas voltemos ao IVA. Pode simplesmente encontrar formas de lidar com o possível aumento:
1. Poupe em tudo o que sejam despesas supérfluas, a começar pela alimentação;
2. Mude de profissão, para algo que não pague impostos: arrumadores, traficantes de droga ou pessoas detidas em estabelecimentos prisionais estão dispensadas dessa maçada;
3. Mude de país. A emigração sempre foi uma das opções mais queridas pelos portugueses;
4. Use a técnica do bastão, defendida com tanta galhardia pelo Formador Carlos;
5. Convença as pessoas que fogem aos impostos a mudarem de atitude (se essas pagassem, não seria necessário o aumento) . Claro que esta opção não é para levar demasiado a sério, num país em que a fuga ao fisco é um acto de heroísmo.

Em suma, não se preocupe demasiado. Essas coisas são ninharias. Venha antes ver-nos, uma destas quintas-feiras, à Sociedade Guilherme Cossoul, vai ver que a sua vida vai mudar!

Formador Miguel

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 7

Pedro Gasga pergunta:

"O que fazer com a tradicional comichão na virilha, quando esta se manifesta (de forma violenta) em público? (...) ‘Coçar ou não coçar, eis a questão?’"
(pergunta colocada no sistema de comentários - ver Questão nº 4)

MICC responde:

A sua questão é profunda e inquieta os Homens desde os primórdios da Humanidade. Mas, como todas as questões colocadas aos Formadores do MICC, também esta é de muito fácil resposta. Não que a sua pergunta seja fácil: os Formadores do MICC é que têm a excepcional sabedoria de tornar simples tudo aquilo que parece complicado.
E a resposta é sim. Coçar. Coçar sempre, coçar onde é preciso (como disse tão sabiamente o José Pedro Gomes). Coçar, mais que um alívio, é um acto de masculinidade, uma forma de sedução, um grito de Liberdade! Quem disse que as mulheres não gostam de ver um homem coçar-se? Isso é um mito, asseguro-lhe que elas adoram (até as feministas!). Coçar os ditos é um antigo e eficaz ritual de acasalamento, infelizmente caído em desuso.
Mas atenção! Se quer coçar, deve fazê-lo como deve ser. Usar as mãos é claramente inadequado, pois além de ser uma mariquice envergonhada, não dá ao acto a visibilidade que ele merece. Sempre que coçar, tire partido da situação: Experimente antes roçar-se contra uma parede, contra um carro, uma árvore, ou até um cão que esteja a jeito. Verá que não passa despercebido...
E, se tiver um amigo por perto, peça-lhe ajuda. E não estou a falar de uma mãozinha! Peça-lhe que se deixe ficar quieto, de pé, enquanto o amigo Pedro alivia a comichão nas suas costas. Tal acto será visto por todos como uma extraordinária manifestação de masculinidade. Naturalmente que, na situação oposta, o amigo Pedro deverá naturalmente trocar de posição com o seu companheiro. Se ele disser que quer ajuda para coçar as virilhas, dê-lhe uma coça!

Formador Miguel



Caro Gasga

Siga os conselhos do Formador Miguel. Assuma esse lado másculo-latino-espalhador-de-feromonas e coce os ditos sem pudor.
Assuma-se como é e disfrute dos pequenos prazeres que a vida tem para oferecer.
Mais: faça-o com estilo.
Arranje uma batedeira manual de ovos e leve-a consigo para todo o lado. Ao primeiro sinal de irritação virilhenta, utilize frenéticamente a batedeira, mesmo que seja por cima das calças, enquanto grita "Ai ca bom, ai ca bom" e, de seguida, feche em alta com uma cuspidela para o lado direito.
E orgulhe-se de ser dos poucos a manter vivas a tradições nacionais.

Formador Carlos

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 6

susana pergunta:

"O que fazer aos professores ou chefes chatos?"

(questão colocada no sistema de comentários)


MICC responde:

A sua questão é pertinente, Susana, mas deixe-me que lhe diga: "chefe chato" é uma redundância. Por definição, os chefes são chatos. A menos que sejamos nós os chefes (nesse caso, não somos chatos - só os outros é que acham isso de nós).
Vamos por partes: O que fazer aos professores? É simples. Nada. Não há nada que a Susana lhes possa fazer de mau que a ministra da educação não tenha já feito, ou esteja em vias de fazer. E, de certa forma, é bem feito. Um mundo ideal não teria professores. Os professores vivem na ilusão (e pior, querem fazer-nos acreditar nessa ilusão) de que têm verdadeiros conhecimentos a transmitir aos seus alunos. Na realidade, isso é absolutamente falso e andamos a perder gerações inteiras de jovens. Em vez da "instrução" escolar, esses jovens fariam bem melhor em enveredar pela prostituição (ou por carreiras fugazes na televisão, nos elencos de Morangos com Açúcar). Mais uma redundância!
O ideal seria substituir todas as aulas por palestras do MICC. Uma hora e picos connosco vale tanto ou mais que todo o ensino obrigatório. Estarei a exagerar? Não me parece.
Mas a culpa não é só dos professores. Os alunos também são vagamente responsáveis pela sua própria ignorância e embrutecimento. Um dia falaremos disso.
Quanto aos chefes, temos que considerar duas hipóteses: A Susana quer estar num emprego onde haja um chefe acima de si... ou não? Se quer, e a opção é sua, então não adianta queixar-se. Se, pelo contrário, não quer ter chefes, mas não sabe como tornar-se multi-milionária, então a frequência de uma das nossas Acções de Formação deveria ser a sua prioridade absoluta.

Já que se fala disso, ter um chefe em cima de si é a estratégia de muito boa gente para uma rápida progressão na carreira - mas a pergunta não era essa.

Formador Miguel

A resposta anterior deixa-me pouco a acrescentar, excepto uma pequena nota de rodapé que considero significativa: a maioria das pessoas, cara Susana, são assim mesmo, cinzentas, chatas e aborrecidas. E porquê? Porque não descobriram que a vida passa bastante depressa e, como tal, não precisa ser levada muito a sério. Não precisa.

Para esse género de pessoas, Susana, duas hipóteses adicionais:

- Ignore-os. Finja que eles não existem e siga em frente. Se lhe dirigirem palavra, vire-se para o outro lado e comece a assobiar "Cantiga da Rua", em fá maior;


ou
- Aconselhe-os a frequentarem o nosso curso práctico e veja-os florescerem para a realidade!

Formador Carlos

sábado, junho 24, 2006

Questão nº 5

Susana pergunta:

"Como lidar com os governantes deste nosso lindo Portugal???"
(pergunta colocada por MICC-mail)

MICC responde:

Antes de mais, não me levará a mal que lhe sugira que deixe de utilizar sinais de pontuação repetidos. Por muito empolgada que seja uma exclamação!!! Por muito pertinente que seja uma pergunta??? E por muito indignada que seja uma exclamação - pergunta?!?! ... a repetição dos sinais é pura redundância.

A questão pode ser tratada sob diferentes perspectivas. A primeira seria a perspectiva formal. Nessa medida, deverá lidar com os governantes recorrendo aos títulos de licenciatura dos mesmos:
A saber: Eng. ; Dr. ; Lic. e Senhor que deixou o curso a meio (seguido do respectivo nome).

Mas admitindo que se referia à forma de lidar com os governantes em termos pessoais, o MICC revela-lhe, em primeira mão, as alcunhas pelas quais alguns deles se tratam mutuamente em situações informais, designadamente nos conselhos de ministros (mas não é para andar a espalhar).
José Sócrates - Regisconta
António Costa - Tó de Costas
Manuel Pinho - Nelo
Freitas do Amaral - Bocas
Mariano Gago - Professor Pardal
Correia de Campos - Xico da Naifa (ninguém sabe a origem desta alcunha, mas o facto é que pegou)

Há ainda o primeiro - ministro - sombra (cuja acção é decisiva, mas que é desconhecido de muitos) e que se chama Aníbal Cavaco Silva. No governo chamam-lhe "Um Figo".

Formador Miguel

Não descurando a anterior resposta mas assumindo ainda que, quando diz "lidar", se refere a algo como "manusear" ou "dar trato", aconselho o uso de extrema cautela.
Uma das principais regras é nunca os olhar directamente nos olhos, acto que pode ser considerado como agressivo.
Embora alguns Secretários de Estado sejam de trato dócil, aconselho também a utilização de um bastão como medida preventiva.

Na maioria dos casos ignore-os: poderão rosnar ou ladrar-lhe com tom ameaçador, mas se não fizer movimentos bruscos e se afastar calmamente não deverá haver problemas de maior.

Cuidado, porém, com os detentores de pastas relacionadas com dinheiros públicos: como machos-alfa, estes tendem a ser mais agressivos; por vezes chegam mesmo a atacar com movimentos rápidos e inesperados. Mantenha o seu IRS sempre à mão e esteja sempre preparada para, em caso extremo, os agarrar pela gravata e mostrar quem manda.

Lembre-se: os políticos conseguem cheirar o medo à distância e são normalmente atraídos por contribuintes isolados. Tente andar acompanhada sempre que possível.

Formador Carlos

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 4

Nuno Matos pergunta:
" Ok, digam lá o que fazer para arranjar aquele emprego... "
(pergunta colocada por e-mail)

MICC responde:

- Qual?

Formador Miguel

- Caro Nuno

Como pode observar pela resposta anterior, as técnicas para garantir o posicionamento estratégico profissional numa empresa variam conforme o ramo de actividade, a localização geográfica do mesmo e o facto de ter ou não um tio seu como gestor na referida empresa.

Em traços genéricos, posso sempre ajudá-lo com algumas instruções genéricas:
1) Escolha a empresa e o cargo que gostaria de desempenhar
- Esqueça as suas limitações e aponte para o céu. Almeje posições que tenham hífens na sua designação, como director-executivo, gestor-chefe ou presidente-geral. Esqueça a história de "começar por baixo": demora imenso tempo e obriga-o a ter que trabalhar, o que é bastante diferente de ter um emprego;

2)Prepare o seu Curriculum Vitae
- Arranje um curriculum invejável que esteja relacionado com o sector da empresa a que se candidata. O curriculum não precisa de ser verdadeiro mas tem que ser convincente e difícil de contestar. Ou seja, você pode inventar o que quiser desde que dificulte a prova contrária. Pode, por exemplo, dizer que tirou o mestrado em Marketing na Universidade do Kalamari e que esteve 3 anos como gestor numa empresa do Dubai, mas nunca diga que foi o primeiro homem a pisar a lua ou que é presidente da Sonae. Lembre-se que haverá sempre um espertinho desconfiado por perto.

3) Autoconfiança, motivação e superioridade
Estes são os factores-chave para conquistar uma entrevista. Não se mostre demasiadamente desesperado. Sorria e adopte uma postura com uma certa displicência, como se já tivesse o emprego garantido. Trate os entrevistadores como crianças de 5 anos e, a meio da entrevista, desvie o assunto da conversa com frases como "É verdade, tenho que me lembrar de telefonar ao Stanley Ho para lhe dar os parabéns" ou "Desculpem não desligar o telemóvel mas estou à espera de uma chamada importante do meu clube de golfe sobre o estado da relva para domingo que vem";

4) Elimine toda a concorrência
Descubra os nomes dos seus possíveis concorrentes ao lugar e destrua-lhes a imagem com frases subtis como "Soube que o Silva também está a concorrer... Ele é bom rapaz, a desintoxicação parece que funcionou". Se for preciso, elimine-os mesmo fisicamente: arranje quem lhes faça uma espera à porta de casa e lhes limpe o sebo.

Isto são conceitos gerais básicos, como deve compreender. Há quem diga que somos apologistas da mentira e da violência, mas não se engane: a formação teórica não representa nada nas empresas portuguesas e o recurso a técnicas pouco ortodoxas não é violência: é vantagem competitiva.

Formador Carlos

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

Questão nº 3

Dra-D (Joana) pergunta:

"Porque é tão complicado encontrar o homem ideal?"

(pergunta colocada nos comentários do MICC - online)

MICC responde:

Complicado, cara Dra - D, não é encontrar o homem ideal. Aliás, a Dra já o conseguiu. Complicado é encontrá-lo disponível, certo?
Ora, como tanto eu, como o Formador Carlos, nos encontramos comprometidos, sugiro que comece a considerar segundas escolhas. E tente não nos usar como termos de comparação. Isso seria injusto para quaisquer potenciais candidatos.

Formador Miguel


Cara Dra-D

Subscrevo inteiramente a opinião do meu colega Formador Miguel, porém permita-me acrescentar algumas notas de rodapé.
Muitos foram aqueles que procuram o parceiro ideal ao longo da história da humanidade mas poucos foram os que o conseguiram, excepto a Marta e o Marco do BB e, como é óbvio, a Betty Grafstein (embora como pesos e medidas diferentes).

Além das habituais análises clínicas, genéticas e psiquiátricas, uma hipótese a ter em conta para facilitar a descoberta do "Homem Ideal" são os castings.
É fácil. Basta publicar anúncios nos jornais e percorrer o país, alugando quartos de hotel que servirão de "escritórios temporários". O tipo de entrevista cabe-lhe a si definir. Os candidatos poderão pura e simplesmente ter que responder a um formulário como poderão também ter que se submeter a provas físicas. Se quiser levar o casting ao extremo, poderá também exigir que os candidatos façam provas de perícia alargada, como lavar a loiça, levar o lixo à rua e aguentar mais de dez minutos de preliminares.

Relembro também que a grande dificuldade não é encontrar o "homem-ideal" mas sim mantê-lo. Ou melhor, mantê-lo treinado.
Aconselho o ter sempre à mão biscoitos, um açaime e uma trela daquelas de comprimento variável.

Formador Carlos

quinta-feira, junho 22, 2006

Questão nº2

Catarina Bouça pergunta:
"O que fazer com a complicação da vida? O que fazer com quem nos diz que a vida não é complicada? O que fazer para me tornar uma "simples"?"
(pergunta enviada por e-mail)

MICC responde:

- Cara Catarina, devo dizer-lhe primeiro que isso não é uma pergunta. São três.
Por uma questão de organização e porque achamos que este espaço não se deve tornar um forróbódó de inquirições aleatórias, será doravante nosso hábito responder apenas a uma questão de cada vez.
Mas, tendo em conta que ainda vamos no início do MICC on-line e que isto não anda propriamente uma enchente de alvíssaras, vou abrir uma excepção e responder a todas. Só porque sou amigo, vá.

Analisemos então a coisa pelas devidas partes.

-"O que fazer com a complicação da vida?"
Simples: recorrer ao Manual de Instruções do Cidadão Comum. É justamente por isso que aqui estamos, cara Tátá! A vida era complicada até ao surgimento deste belo e magnífico manual, que vem precisamente preencher a mais grave lacuna da nossa existência: o facto de não haver manual de instruções para a vida e de termos que nos amanhar com o dia-a-dia!

-"O que fazer com quem nos diz que a vida não é complicada?"
Simples: perguntar-lhe onde e quando é que frequentou um curso práctico do MICC. Se alguém tem a coragem de dizer que a vida é simples, das duas, uma: ou já conhece o MICC ou é um imbecil que não sabe o que diz.
No caso de se tratar da segunda hipótese, a do imberbe-ignorante-que-julga-que-isto-de-viver-é-canja, então recomendo-lhe três possíveis soluções:
a) pedir-lhe que páre de consumir haxixe;
b) aplicar-lhe um forte e decidido pontapé na boca;
c) recorrer, como medida extrema, à eficaz "Técnica do Albatroz de Bico Preto do Sudão ®" (para saber esta última terá que frequentar o nosso curso prático).

-"O que fazer para me tornar uma "simples"?"
Bem, já deve estar mesmo a adivinhar esta, não é? Só tem três soluções para simplificar a sua vida, cara Tátá, e o resto são cantigas:
a) Tornar-se discípula assídua do MICC;
ou
b) Juntar-se a uma comunidade hippie no sul de Espanha (a maior chatice são os piolhos e as músicas com guitarra folk);
ou
c) Lobotomia, que é sempre uma boa solução para aniquilar uma boa dose de neurónios (embora uma pancada forte na cabeça também possa provocar efeitos semelhantes). Ao diminuir a sua capacidade de intelectualizar o mundo que a rodeia, tudo se tornará bem mais simples, resumindo-se às necessidades básicas e ao prazer de observar objectos coloridos enquanto a baba escorre para a camisola.

Formador Carlos

Concordo com a leitura que o Formador Carlos fez do seu problema e subscrevo a receita. Acrescento apenas uma técnica para que a Catarina sinta realmente o espírito MICC: Tem problemas? Imagino que sim. Muitos? Talvez. Complicados? Provavelmente. Irresolúveis? Só se não vier a uma das nossas Acções de Formação. Mas adiante. Se a sua vida é complicada, imagine que o era ainda mais. Como exercício, experimente somar complicações e problemas hipotéticos às complicações e problemas que já tem. Está com falta de imaginação? Eu ajudo, imagine-se vítima de um rapto por extraterrestres, ou visualize todas as possíveis implicações de um acidente com uma debulhadora. Pior, uma catástrofe nuclear. Pior ainda, imagine que a companhia das águas lhe cortava o abastecimento. Já viu? Anda para aí a queixar-se quando, no fundo, a sua vida está cheia de coisas boas!
E o que fazer com quem nos diz que a vida não é complicada?
Ignore essas pessoas. São ignorantes, simplistas e não sabem do que falam (excepto os Formadores do MICC, naturalmente).

Formador Miguel

Quer colocar uma questão ao MICC? Escreva-a nos comentários deste post ou então envie-a por email!

segunda-feira, junho 19, 2006

Acção de Formação a Decorrer!

O Manual já está a ser posto em práctica por dezenas e dezenas de concidadãos portugueses que investiram na sua educação e formação práctica superior, indo assistir ao curso intensivo que estamos a dar em Lisboa.
Para quem ainda não sabe, as aulas prácticas do MICC estão a decorrer na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, em Santos (espreitem este mapa).
Aliás, que melhor lugar para uma formação do que uma Sociedade de Instrução?

Estas aulas prácticas decorrem às quintas-feiras, a partir das 22h30. Além deste horário pós-laboral, têm também a vantagem de serem acompanhadas por um serviço esmerado de bar e cafetaria.

O custo da formação é simbólico - € 7,50 - e fazemos preços especiais para grupos com mais de dez formandos.

Eis alguns do vários temas abordados nesta formação:-Técnicas para morrer com estilo
-Como lidar com pessoas estúpidas
-O segredo de um casamento feliz
-Como ganhar o Euromilhões

Para mais informações e/ou dúvidas e/ou reservas e/ou outras coisas, basta contactarem a nossa equipa pedagógica:

91 897 17 89
ou
fabricadepecas@gmail.com

É fácil, é barato e vai mudar as vossas vidas.

quarta-feira, junho 07, 2006

Questão nº 1

Jonas Faria pergunta:
"Como é que eu digo à minha mulher que lhe ando a meter os cornos com a irmã sem lhe ferir os mais profundos sentimentos?
Nota: o esclarecimento é para um amigo
."
(pergunta enviada por email)

MICC responde:

- Caro Jonas, compreendo a necessidade de se vangloriar dos seus feitos, mas pense neste detalhe: para quê dizer? Para quê dizer, senão por questões de ego? Ao longo da História, os grandes homens que alcançaram grandes feitos sempre primaram pela modéstia e discrição. Siga este exemplo.
Além disso, a publicidade e a auto-promoção devem ser sempre entregues a profissionais do ramo.
Formador Carlos

-
Antes de mais, o seu amigo está de parabéns por ter alguém como o caro Jonas por amigo. Não é todos os dias que se encontra alguém que nos ajuda a resolver os nossos problemas.
Subscrevo o parecer do Formador Carlos (além disso, os irmãos devem saber partilhar todas as coisas - e o seu amigo não é excepção). Admitindo, porém, que o seu amigo faça questão de contar à esposa, deixo-lhe algumas dicas úteis:
1. Transforme uma crise numa oportunidade (este episódio não tem que ser traumatizante) . Para tal, experimente dizer frases positivas, como: "Já reparaste como a tua irmã anda mais feliz?"ou "Sinto-me cada vez mais íntimo da tua família!"
2. Na hora da verdade, desvie rapidamente as atenções. "Ando a comer a tua irmã. Por falar em comer, queres ir jantar fora?"
3. Em alternativa, culpe a irmã. O seu amigo pode dizer: "A tua irmã anda-me a comer! Por falar em comer..."

E agora, isto é para si, Jonas, e não para o seu amigo. Já pensou que esta pode ser uma oportunidade de negócio? Se o seu amigo está tão preocupado, não será difícil recorrer à chantagem. Afinal de contas, amigos, amigos...
Formador Miguel

segunda-feira, junho 05, 2006

Manual On-Line - Como funciona?

O que é M.I.C.C. on-line?

O Manual de Instruções para o Cidadão Comum (vulgo MICC) é, na sua versão on-line, a mais poderosa ferramenta de aprendizagem de procedimentos e conceitos do Universo.
Esqueçam a Wikipédia, a Enciclopédia, os livros de auto-ajuda, a Universidade Aberta e as canções do Carlos Vidal - a solução está agora à distância de um clique!

O MICC vem finalmente colmatar essa grave falha da nossa existência: a falta de um manual de instruções sobre o ser humano, que nos acompanhe da concepção até à morte. Ou mesmo para além disso.

Questões como "Ainda irei a tempo de me tornar um magnata do futebol inter-freguesias?", "Qual a melhor forma de afugentar pedintes e religiosos?" ou mesmo "Como dizer ao meu namorado que eu não sou gay, apesar de me chamar Ernesto e gostar de Delfins?", entre muitas outras, são exemplos de dúvidas pertinentes que acompanham a humanidade desde há milhares de anos. Estamos aqui para responder!

Mas como? Como poderei ser esclarecido(a)?

Calma, calma, não desespere mais! É quase tão fácil como preparar um gaspacho holandês de tomate e ricota temperado ligeiramente com vinagre balsâmico e folhas de hortelã! Senão, vejamos:

  • método A: escolher o mais recente post afixado no blog, e deixar a sua questão na àrea de comentários;
  • método B: enviar a sua questão (juntamente com dados que considere relevantes) para fabricadepecas@gmail.com;
  • método C: esperar pacientemente que alguém nos coloque uma questão igual à sua, através dos dois métodos anteriormente citados (o que é pouco provável, convenhamos) .

Regras Básicas do MICC

A resposta não é obrigatória.
-Questões Relevantes, Singulares ou Complexas (QRSV) terão direito a publicação no blog;
-Questões Não Tão Relevantes Como Isso (QNTRCI) serão respondidas através do espaço reservado a comentários;
-Questões Ultrapassadas, Entediantes, Comezinhas, Atentatórias ou Senis (QUECAS) serão, naturalmente, ignoradas.


Esclarecido?

Aguardamos a sua questão e relembramos que este é um serviço gratuito (pelo bem da humanidade) e sem encargos posteriores.
Se, no entanto, insistir em pagar, quem somos nós para o contradizer?

Nova Formação Intensiva

A partir do próximo dia 15, os autores deste Manual estarão todas as quintas-feiras na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, em Lisboa, para uma formação/espectáculo imperdível!

Clique na imagem para ampliar


Mais detalhes quando estivermos perto da data de estreia, entretanto vão avisando amigos e conhecidos - esta é uma oportunidade de ouro!

domingo, junho 04, 2006

Por que é que a vida não traz manual de instruções?

Esta é a grande questão.
Era!
Temos o prazer de anunciar que essa falha está prestes a ser colmatada.
Deixe as suas dúvidas práticas ou existenciais no nosso sistema de comentários e os nossos formadores especializados garantem uma resposta no prazo a.q.n.f.p.m.n.v.c.s.p.a.t.q.e.u.d.*

Este serviço é completamente gratuito e livre de encargos adicionais
* assim que nos for possível, mas não venha chatear-nos se, por acaso, tiver que esperar uns dias